Título: Fernando Capeta Urubu
Autor: Durval Augusto Jr.
Editora: Alfstudios Produções
Número de Páginas: 79
Ano de Lançamento: 2011
Livro cedido em parceria com o autor.
Sinopse:
Fernando Capeta Urubu é a história de uma comunidade que, em dado período de sua existência - antes pacata e inocente -, passa por uma radical transformação, graças ao surgimento de Fernando Capeta, um urubu portador de estranha enfermidade chamada egoísmo.
Crítica:
Em Fernando Capeta Urubu, o escritor Durval Augusto Jr. nos apresenta um
universo bem diferente e que acho que nenhum de nós jamais imaginou. O
autor nos apresenta a Urubulândia, uma comunidade de urubus que vive em
paz e harmonia. Esta comunidade é baseada em valores como amor,
caridade e igualdade. Há um guru, um juiz e um chefe, e eles cuidam do povo.
Existe um grupo que sai a procura de carniça e esta é guardada e
dividida igualmente para todos.
Porém, existe em Urubulândia um urubu bastante egoísta que deixa sua irmã Benedita a beira da loucura, seu nome é Fernando Capeta. Fernando, não liga para a comunidade, ele quer toda a carniça para si, e por mais que não de conta de comer tudo sozinho, ele faz questão de passar dias comendo a mesma carniça ao invés de leva-la para Urubulândia e dividir com seu povo. Além disso, ele deseja a linda e cativante Marli para si e não consegue admitir que ela ame outro Urubu. E ele não a quer por ama-la e sim por ganância, já que ela é a mais bela.
Debilitado por sua vida desregrada, seu egoísmo e uma briga por Marli, Fernando Capeta acaba morrendo. Mas ele irá reencarnar como Inácio, tendo sua mesma personalidade da vida passada e tomado por seus sentimentos inferiores, irá acabar com a harmonia de Urubulândia, instalando uma ditadura cheia de fome, sofrimento e escravidão. E caberá a Rodrigo, filho de Marli e Eustáquio, tentar trazer o equilíbrio de volta à Urubulândia.
Um livro diferente e inesperado. Quando peguei o livro para leitura, já sabia que não seria uma leitura qualquer, mas não esperava que estaria lendo literalmente uma estória sobre urubus. Mas claro que é muito mais que isso. De maneira filosófica e profunda, Durval nos trás uma mostra dessa sociedade criada por ele. Posso me arriscar também a dizer que há um pouco de espiritualismo e claro bastante embasamento histórico. Arrisco a dizer que com este livro, ele quis nos trazer a imagem de quais consequências existem quando tomamos algumas atitudes, ou até mesmo quando o governo toma algumas atitudes. É claro que posso estar falando algo errado e pode ter muito mais para avaliar do que o que eu disse, mas como não estou habituada com essa leitura e não sou especialista, pode ser que falte uma análise melhor de minha parte.
A escrita do livro é leve e a leitura deste não é demorada. Não conhecia a editora Alfstudio Produções, mas gostei bastante de conhecer o trabalho com o livro. Pois o material é de excelente qualidade e eu adorei. Não encontrei nenhum erro de revisão e adorei os trocadilhos que o autor usou, como 'biquiaberto' (de bico) ao invés de boquiaberto. A diagramação é simples e bonita, e a folha amarelada foi ótima para a leitura.
Porém, existe em Urubulândia um urubu bastante egoísta que deixa sua irmã Benedita a beira da loucura, seu nome é Fernando Capeta. Fernando, não liga para a comunidade, ele quer toda a carniça para si, e por mais que não de conta de comer tudo sozinho, ele faz questão de passar dias comendo a mesma carniça ao invés de leva-la para Urubulândia e dividir com seu povo. Além disso, ele deseja a linda e cativante Marli para si e não consegue admitir que ela ame outro Urubu. E ele não a quer por ama-la e sim por ganância, já que ela é a mais bela.
Debilitado por sua vida desregrada, seu egoísmo e uma briga por Marli, Fernando Capeta acaba morrendo. Mas ele irá reencarnar como Inácio, tendo sua mesma personalidade da vida passada e tomado por seus sentimentos inferiores, irá acabar com a harmonia de Urubulândia, instalando uma ditadura cheia de fome, sofrimento e escravidão. E caberá a Rodrigo, filho de Marli e Eustáquio, tentar trazer o equilíbrio de volta à Urubulândia.
Um livro diferente e inesperado. Quando peguei o livro para leitura, já sabia que não seria uma leitura qualquer, mas não esperava que estaria lendo literalmente uma estória sobre urubus. Mas claro que é muito mais que isso. De maneira filosófica e profunda, Durval nos trás uma mostra dessa sociedade criada por ele. Posso me arriscar também a dizer que há um pouco de espiritualismo e claro bastante embasamento histórico. Arrisco a dizer que com este livro, ele quis nos trazer a imagem de quais consequências existem quando tomamos algumas atitudes, ou até mesmo quando o governo toma algumas atitudes. É claro que posso estar falando algo errado e pode ter muito mais para avaliar do que o que eu disse, mas como não estou habituada com essa leitura e não sou especialista, pode ser que falte uma análise melhor de minha parte.
A escrita do livro é leve e a leitura deste não é demorada. Não conhecia a editora Alfstudio Produções, mas gostei bastante de conhecer o trabalho com o livro. Pois o material é de excelente qualidade e eu adorei. Não encontrei nenhum erro de revisão e adorei os trocadilhos que o autor usou, como 'biquiaberto' (de bico) ao invés de boquiaberto. A diagramação é simples e bonita, e a folha amarelada foi ótima para a leitura.
Conquanto se tratasse de uma sociedade de organizar demasiado simples, Urubulândia não conhecia a discórdia nem a avareza; o germe do egoísmo ainda não havia penetrado o coração da espécie. Todos se dedicavam a uma tarefa comum: procurar comida. Até o Chefe, o Guru e o Juiz participavam desse trabalho sem reinvidicarem para si quaisquer privilégios. - Pág. 12
... Os fatos dolorosos da vida são como as chuvas fortes e repentinas: o tempo se fecha, tudo escurece; a tempestade logo chega e se vai; permanece, porém, o invulnerável azul do céu. - Pág. 20
Triste era o fato de que ninguém mais em Urubulândia se lembrava sequer de olhar o céu, aquele doce azul antes tão caro aos olhos dos contemporâneos de Benedita. A poesia pura, singela, sublime desaparecera para sempre, dando lugar aos versos angustiados da nova geração de poetas. - Pág. 59
Adorei o enredo, é bem envolvente e muito bem desenvolvido e ambientado, pena que estou sem grana para comprar qualquer livro.
ResponderExcluirMas com certeza será o próximo quando tiver grana.
Art of life and books
Que bom que se interessou, leia mesmo, pois vale muito a pena.
ExcluirBeijos
Oi! Eu acho que nunca li nada sobre urubus, mas lendo sua resenha percebi que na verdade não é a criatura em sim que faz a diferença, mas sim as críticas inseridas na trama.
ResponderExcluirBjos!! Cida
Moonlight Books
Parece meio estranho ao princípio não é? Mas lendo da pra entender perfeitamente e compreender a mensagem.
ExcluirObrigada pelo comentário e pela visita.
Beijos!